CARTAS AO DESTINO © 2012

Não é o corpo em decomposição

Que na morte existe de mais belo,

Pois a matéria retorna à terra,

Num ciclo natural e singelo.

Mas sim a alma em iluminação,

Que na morte encontra o seu renascer,

Liberta das prisões da carne,

Para em luz divina se envolver.

A beleza não está no fim do corpo,

Que se desfaz em silêncio profundo,

Mas na jornada da alma,

Que transcende o limite do mundo.

É na morte que a alma floresce,

Em direção à verdade eterna,

Onde a luz da vida resplandece

E a essência divina se externa.

Assim, na morte, o que há de mais belo

Não é o corpo que se vai,

Mas a alma que, em sua luz infinita,

Se une ao divino, ao eterno pai.