LINHAS DE PENSAMENTO © 2013
O limite dos instrumentos está nos seus intérpretes,
Pois a madeira, o metal, o som,
São apenas meios, vozes discretas,
Que nas mãos do humano se tornam dom.
Um violino, sozinho, é silêncio guardado,
Uma guitarra, apenas cordas tensas,
Mas quando a alma as toca com cuidado,
Transformam-se em melodias imensas.
É o intérprete que dá vida ao que é matéria,
Que faz vibrar o que é só potencial,
No gesto, na paixão, na sua arte etérea,
O limite se dissolve, torna-se intemporal.
Pois não é o instrumento que define o som,
Mas quem o toca com coração e fé,
E é no humano, no seu dom,
Que a música encontra o seu porquê.