LINHAS DE PENSAMENTO © 2015
Agarrados a premissas ancestrais,
Caminhamos em círculos, sem perceber,
Que, presos ao passado, cada vez mais
Continuamos, lentamente, a des-ser.
Em vez de florescer no presente,
Mantemos raízes em solo já gasto,
E o que poderíamos ser, plenamente,
Fica sufocado no que foi o nosso lastro.
As verdades antigas, com peso e valor,
Não devem ditar o que somos agora,
Pois é no desapego, no novo ardor,
Que encontramos o ser que se demora.
Agarrados ao que foi, deixamos de viver,
E assim, no tempo, continuamos a descer.