LINHAS DE PENSAMENTO © 2015

O homem que chora,

(Ao som do violino).

Deixa as lágrimas afagarem o rosto,

Com um aperto, um desespero clandestino,

Na esperança de que não caiam sobre o peito,

Onde o coração habita, pesado e desfeito.

Porque lá, na caverna da tristeza cruel,

O coração pulsa, mas fraco e sofrido,

Em cada batida, um eco do fel

De um amor ou de um sonho perdido.

No lago profundo,

Onde habita toda a dor,

As águas refletem o peso do mundo,

E a crueldade das almas sem cor.

O som do violino, em sua melancolia,

Chora junto ao homem, sem alegria.