LINHAS DE PENSAMENTO © 2016

Porque eu sou o teu mistério,

Neste desastre cósmico, etéreo,

Feito de poeira transformada,

No deserto habitável das incertezas caladas.

Sou o réptil que nunca se perdeu,

O sobrevivente que o tempo conheceu,

Secular e sábio, sem fim,

Escutando o eco que vibra em mim.

Porque eu sou o teu critério,

A medida do caos e do mistério,

Da sobrevinda que esperas ansioso,

No ciclo da vida, sempre vigoroso.

Sou aquilo que não vês,

Mas que sentes, como a maré,

Na incerteza do universo sem par,

Eu sou o silêncio a te guiar.