LINHAS DE PENSAMENTO © 2016
Não sei, não sei não,
Meu amor, até onde conseguiremos,
As braçadas que hoje damos, fortes e firmes,
Poderão não resistir ao cansaço inevitável,
Às caímbras que o tempo, lentamente, nos traz.
Naturalmente, no meio do percurso,
Teremos de parar, refazer as forças,
Aceitar a pausa que a vida nos oferece,
Para depois, quem sabe, retomar com outro ritmo,
Talvez mais suave, mais consciente.
Mas o mais importante, será continuar a bracejar,
Mesmo quando o corpo pede descanso.
O infinito espera, amor, por nós, lado a lado,
Porque sem ti, a vida perde a sua melodia,
Perde o seu eco, o seu sentido mais profundo.
E assim, serenamente, o amor será a canção,
Que toca de ambos os lados dos nossos corações.
Independente do tempo, da força ou do caminho,
Continuaremos a nadar, juntos, em direção ao infinito.