LINHAS DE PENSAMENTO © 2016

Mas chorar é um estado,

De uma ironia do passado,

Como ecos que ressoam no vazio,

Memórias que o tempo levou no frio.

Pombas que voam à beira

De um precipício sem luz, sem eira.

Planam no escuro, sem direção,

Como corações perdidos na imensidão.

E ainda assim, o choro cessa,

Como quem aceita a dor que atravessa.

Pois no voo das pombas, há esperança,

Mesmo à beira do abismo, há mudança.

Para a Nicola.