Descubra um mundo de emoções e inspirações através de uma vasta colecção de poemas. Navegue e explore as obras que dão voz aos sentimentos mais profundos.
Adormeço a fome, mas ela sempre retorna,
Insaciável, faminta, em busca de expressão,
E enquanto a febre das palavras me atormenta,
Busco no vazio da noite, a paz que me ausenta.
Existem momentos que pairam no ar,
Suspensos na ânsia de os corações agarrar,
Num adeus de lenços, como romaria em oração,
Choram baixinho, buscando atenção.
Uma agonia disfarçada de rotina,
Fingindo que é outra, que é leve, que é genuína.
Mas no fundo, és o que escreves sem saber,
Um registo de ti mesmo, uma letra a desaparecer.
Tive tudo, pensei, por um breve segundo,
Mas o tempo é vento, é brisa fugaz,
E as lágrimas que caem, qual cortinas,
São só memórias do que já ficou para trás.
Pois o amor, nascido no desafio e na dor,
Rompe as correntes que o mundo impôs,
E mesmo na prisão, guarda o fulgor,
Que apenas a liberdade de Deus compôs.
A minha maior glória ao fim do dia,
É agradecer a Deus pela sua presença,
Sentir a sua beleza, o seu olhar, a sua melodia,
Que em cada gesto faz brotar a esperança.
Enquanto eles contam o que reluz,
Eu conto os sussurros que o peito conduz.
Cada palavra é uma chama por acender,
E nas folhas rasgadas, quem sabe, vou viver.
A saudade não me faz chorar,
Pois aprendi, em silêncio, a comigo estar.
Na quietude do espírito, encontro o lugar
Onde a dor se dissolve e a paz vem repousar.
Entre as chamas do engodo e da ilusão,
Resiste a alma que não se deixa corromper,
Pois ser autêntico, na contramão,
É um ato de amor, é viver para valer.
A profecia, que em silêncio me foi entregue,
Escapou-me entre os dedos, e a crença desagrega-se.
Agora, resta-me o lamento pelo que não vi,
Pela fé que se desfez no instante em que a deixei partir.
Estou aqui, à espera do chamado divino,
Para conduzir a humanidade ao reino prometido.
Ergueremos, juntos, a cidade do amor genuíno,
Onde cada coração é templo, e o medo será esquecido.
Que estas flores, em suave esplendor,
Representem o perfume eterno do meu amor.
Cada pétala, um sussurro, uma promessa,
De carinho profundo que nunca se apressa.
Um dia, ao olhar para o céu, verás uma estrela cadente,
Serei eu, a finalizar o meu véu, num grito surpreendente.
Num flash de explosão, deixarei de ser átomo disperso,
E no vazio, serei a solução, um enigma inverso.
É ali, no centro desse mistério,
Que me encontro inteiro, sem precisar ver,
Pois é no ser que o divino é eterno,
E o verbo deixa de ser verbo, só para ser.
O sentimento palpita, vivo e fervente,
Neste livro da vida, cada página é a semente.
O olhar tornado escrita, memória de um povo,
Que floresce na esperança, num amanhã mais novo.
Seja o meu coração firme como a rocha,
Mas suave como o amor que Tu nos ensinaste.
Que a fé em Ti seja a chama que nunca se apaga,
E a minha vida, o reflexo da Tua verdade mais vasta.
Tudo o que senti, guardei só para mim,
Não partilhei com ninguém, ficou no peito, enfim,
Aqui, neste laudo à alma, encontro o meu lugar,
Ser e descrever o que sempre vi a transbordar.
O vento sopra sobre as palavras desbotadas,
Enquanto as sombras das estátuas ficam caladas.
Mas mesmo que o tempo apague o que foi escrito,
A dor, silenciosa, permanece no infinito.
Ó Cristo, a ideia suspira por um gesto,
Um piscar de olho que acenda o universo,
Basta o Teu brilho para inflamar o resto,
Na luta interior onde o coração está imerso.
Tudo é tão pouco, e o olhar suspira,
Na admiração silenciosa, a alma retira-se.
Anseia ser aquilo que nunca rompeu,
Pela falta de inspiração, o sonho perdeu-se.
O amor, na sua essência tão pura,
Sempre encontrará razões para existir,
Mesmo em tempos de dúvida ou de agrura,
O seu fogo jamais deixará de luzir.
Livro 77 poemas 2025 a ser lançado brevemente.
Ghost Poet
Não busques excessos no lado obscuro da lua,
Fica deste lado da luz, onde a alma flutua,
Sem ódios ou desculpas que te travem o voo,
Cultiva-te num universo sereno e de ouro.
O pensamento em constante procura,
Cansado, transpira, em sua amargura,
Por vezes não encontra, perde-se na ventura,
Enquanto a porta se faz de montra,
Sob o olhar da minha loucura.
Quando deixas de dar o nó aos atacadores,
A vida, em seus passos, torna-se incerta,
Tropeças nas pequenas distrações e dores,
E a queda surge, repentina e desperta.
Tento evitar que a orfandade se erga,
Que a balança incline e a idade atinja o seu fim,
Mas o mundo, dividido, parece já não ter entrega,
Perdido num caos onde o amor se apaga enfim.
No caos ergue-se a sombra da promessa,
Onde o verbo se perde na multidão.
Mas há na brisa um murmúrio, uma prece,
Que rasga o céu na mais pura devoção.
Cada dor é uma parte de mim, um laço que não desfaço,
São cicatrizes que guardo, num abraço sem espaço,
E assim sigo, no voo incerto, mas de alma desperta,
Buscando no mundo o caminho que me acerta.
Minha querida filha, um dia saberás,
Que o amor que existe no meu coração,
Será, durante eras e eras, o eterno condão
Que te guiará ao longo da tua linda vida.
És um Cristo de Cristo, ou acreditas que és,
Um reflexo moldado no traço do seu rosto,
A linha contínua que corre sem pressa, sem pés,
Em direção ao ponto onde o infinito encontra o oposto.
Prisioneiro do Tempo 1º Volume 2007 - Página nº 8
Ghost Poet
Cada palavra é um verso que brota,
Da alma inquieta, que nunca se esgota,
E nas linhas que traço, em silêncio ou dor,
Reside a essência do meu amor.
Essa glória de te sentir, ó Cristo,
Faz-me ser um homem renovado, mais justo, mais puro.
Capaz de seguir os teus passos, como discípulo atento,
Ouvindo a tua voz no vento e no silêncio mais seguro.
Nesse silêncio profundo, onde o grito calou,
Renascem os corações, livres de dor.
E no eco da verdade, que a alma entoou,
Encontraremos, enfim, o eterno amor.
Essas conversas interiores,
São como sombras que voltam a surgir,
Recordações de um prato antigo,
Que no presente volto a consumir,
Mesmo sabendo que a digestão ainda está por vir.
És a fonte da minha verdadeira essência,
E, na tua luz, a minha alma resplandece.
Junto de ti, não há medo ou resistência,
Apenas um amor que tudo fortalece.
O poeta carrega o peso da verdade,
Envolto em palavras, tece a sua realidade,
E mesmo que o mundo o veja como louco,
É na sua loucura que encontra o foco.
Eu sou aquele que não sorri,
Pois carrego dentro de mim a dor que a alma nunca distrai.
A humanidade que nunca vi, no silêncio, espera por mim,
Que brade em latim, libertando o grito da verdade que traz o fim.
Existem personalidades que mais parecem
Desenhos animados, caricaturas exageradas,
Vidas que se movem em ciclos repetidos,
Sem profundidade, sem alma, apenas mascaradas.
O tempo é mestre, paciente e sereno,
E Deus guia a alma que permanece ameno,
Mantém-te atento, com fé e confiança,
Pois o caminho é certo para quem tem esperança.
Prisioneiro do Tempo 1º Volume 2007 - Página nº 7
Ghost Poet
Gostava que o mundo,
Olhasse para o poeta,
Nele existe uma oferta infinita,
Uma alma aberta, uma janela discreta.
Cristo, conheces o que habita no meu peito,
As dúvidas que persistem, o medo que me detém.
Mas peço-te, com fé, abre-me o caminho perfeito,
Aquele que conduz ao esplendor do teu bem.
Dá-me consistência para evoluir,
Para que em cada queda, eu me erga mais forte,
E que no silêncio da alma eu possa ouvir
A tua voz guiando-me em cada norte.
As minhas linhas, que hoje traço no silêncio,
Serão ecos no futuro da tua voz desperta,
E quando, sem saber, as fizeres tuas,
Estarei contigo, numa presença sempre certa.
Prisioneiro do Tempo 2º Volume 2008 - Página nº 54
Ghost Poet
Neste templo, tempo
Onde a vida se desenrola,
Entre a dor, o amor, a alegria,
Cada emoção em si se acolhe e se consola.
Regressamos ao local de onde viemos,
Onde o tempo não pesa e a alma é leve,
Com o passar dos anos, às lutas cedemos,
Mas cada passo nos traz de volta ao breve.
És a Esperança que nunca se apaga,
O farol que guia o coração errante,
E mesmo que a sombra ao meu redor se propague,
A Tua mão segura-me, firme e constante.
Agora sorrio, sem medo de errar,
Pois no meio da perda, eu soube encontrar
A riqueza que vive em cada momento,
E o poder da história, na força do vento.
Quando alguém nos tece, com fios de ilusão,
Envolvendo-nos numa teia de pura criação,
Faz-nos sentir do mundo, um eterno artista,
Onde o palco é a vida, e o sonho, a pista.
É nos detalhes que o caminho se faz,
No cuidado de amarrar o que parece menor,
Pois o que ignoras, cedo ou tarde, te traz
O tropeço que torna o caminho maior.
Cristo, a sinfonia numa lição divina,
Onde cada nota de fragor e agonia se afina,
Transformando a dor física num cântico profundo,
Uma melodia do coração que ecoa pelo mundo.
Esta minha estranha aproximação,
É a maneira de infinitamente me despedir,
Mas tu não sabes, porque és pequenina,
E o meu silêncio ainda não sabes ouvir.
Se a perfeição existe, és tu, sem igual,
Na suavidade de um gesto, no toque ideal,
És o momento que o tempo quis preservar,
Um pedaço de céu que me faz sonhar.
A união, essa promessa aguardada,
É o que dará vida à colheita desejada.
Que o amor, cultivado nas lágrimas de outrora,
Flua livre, e o coração encontre a sua hora.
Porquê sofrer tanto, pergunto sem resposta,
Enquanto as mil almas em mim continuam a sua aposta,
E no fundo do abismo, encontro o silêncio profundo,
Onde as correntes se quebram, e a dor perde-se no mundo.
Vale a pena a luta pela dignidade,
Que o teu legado seja sempre lembrado,
E que a tua vida, com verdade e humildade,
Seja um farol de um povo que nunca é derrotado.
Prefiro ser o caos, o mistério sem nome,
A linha torta que o tempo consome,
Pois na ausência de lógica, encontro a paz,
No desconcerto da vida, é onde a verdade se faz.